domingo, 8 de agosto de 2010

Saudade

Saudade...Ah, a saudade. Um dos sentimentos, sem dúvida alguma, mais temidos. Mas será que esse sentimento é tão ruim assim?

É claro que é totalmente desconfortável você sentir falta de algo, é claro que é bem preferível você não sentir saudade de alguma pessoa e/ou objeto, mas talvez esse sentimento tenha os seus pontos fortes. Nessas férias, eu senti muita saudade. Muita mesmo, a ponto de querer fazer coisas insanas para matá-la.

Mas no final das férias eu descobri que, embora tenham sido momentos agonizantes, essas férias me mostraram várias coisas e me ensinaram muitas coisas também.

A primeira delas, com certeza, eu devo classificar como: “dar valor”. Por que dar valor? Muito simples: Quando você fica sem algo, você aprende o quanto aquilo faz falta para você. E, no meu caso, fez muita falta.

Nessas férias, pessoal, eu fiquei longe dos meus amigos e da coisa mais importante que existe no meu mundo: Minha namorada, meu amor, minha Bella. Eu já valorizava tudo isso, e nunca foi pouco. Mas ficar longe deles me fez perceber o quanto são importantes para mim e como eu não posso viver feliz sem estar junto deles.

Nessas férias, eu perdi a melhor das pessoas.

Mas isso, no final das contas, isso seria motivo de desespero para mim? Foi, por muito tempo. Mas no final, eu descobri que embora não estejam comigo em estado físico, algumas coisas eu sempre levo comigo. Nosso sentimento, seja ele de amizade ou amor ou simplesmente prazer em estar junto com o outro. Eu levei isso comigo as minhas férias inteiras e vou continuar levando por muito tempo. Eu levo como? Nas lembranças, nas recordações dos bons momentos. Isso é algo que, embora esteja somente em minha cabeça, ajuda e muito nos momentos de solidão e de tristeza. Impede de você se sentir sozinho, por mais sozinho que você esteja. Me impediu de ter pesadelos. Pesadelos de abandono, exatamente por me sentir sozinho.

Mas nesse tempo, exatamente como eu disse, mesmo na hora mais escura eu ainda tive esperança. Fé, que eu veria todos de novo. Uma das únicas vezes em que eu tive fé na vida, não importa no que seja. E agora, faltando pouco tempo para ver todo mundo, o que vem agora não é mais a saudade e sim a conseqüência de todo esse tempo longe: Sensação de missão cumprida.

Mas que missão? Essa é uma resposta simples. Esse tempo longe serviu para nós intensificarmos os nossos laços, os nossos vínculos. Mesmo que involuntariamente, todo esse tempo fez nós percebermos o quanto nós nos amamos, o quanto gostamos um do outro e o quanto o outro é importante para nós.

E, mesmo quando nós não podermos nos ver mais, quando perdermos um irmão, um amigo, um amor...Fica a lembrança, fica a recordação do momento especial, do que significou realmente para nós e, ainda mais importante, toda a influência que tiveram na vida dos que ficam.

Nunca perdemos alguém, assim como nunca estamos sozinhos. Por mais longe que a pessoa esteja, ou quanto tempo ela partiu, uma relação de amor e amizade não termina nunca. Ela sempre deixa sua marca. Essa marca chama-se saudade, e representa a importância que as pessoas tem para a outra.

A saudade que eu senti nessas férias só provou o quanto meus amigos e meu amor são importantes para mim. No final, por pior que tenha sido, não foi nem de perto ruim como poderia ser.

Um comentário:

  1. Ahhh =\
    Cara isso é verdade, a saudade serve pra nos mostrar o quanto as coisas são importantes pra gente, e na maioria das vezes só damos valor à ela quando perdemos....

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