sexta-feira, 27 de agosto de 2010

É Para Sempre

Sempre quando eu penso que vou parar de escrever, me aparece mais uma coisa a contar. Impressionante como a vida, em geral, me traz experiências de aprendizado e compreensão. Basicamente, tudo o que a vida me traz faz eu aprender a ser uma pessoa melhor, compreender o que eu devo fazer para fazer meu amor feliz.

Hoje, meus amigos, eu vou contar uma história que, embora fictícia, é baseada em algo da realidade.




...

Erick e Manuella são um casal diferente, muito diferente. Diferente em vários aspectos, um deles é que na maioria das vezes eles discordam. Diferente, porque começaram a namorar com 14 anos e nunca mais se separaram, por nada. Os dois se amavam loucamente e era difícil ficar longe um do outro quando estavam de férias ou não podiam se ver pelos mais variados motivos. A saudade, embora benéfica às vezes, era algo doloroso.

Mas, como um casal poderia existir com tanta discórdia? Os dois discordavam EM TUDO e, mesmo assim, eram muito felizes. Acharam no outro uma pessoa para se confiar, se amar, conviver e ser alegre e feliz do jeito que nasceu para ser. Mas, apesar de tudo isso, com tanta discordância, eles não escapavam de uma boa briga.

Eles namoraram durante muito tempo, até se casarem. E, mesmo depois de tanta convivência, as brigas ainda surgiam. Até que um dia uma estourou.

Erick estava viajando para uma turnê de música, ele era músico, assim como seu sogro. Um dia, sua turnê acabou parando na cidade onde ele morava e ele havia pedido para Manuella ver. Ela foi ao show, viu e gostou. Ele fez uma homenagem a ela no show, que deixou ela toda encabulada. Ela odiava coisas públicas, sempre foi meio reservada. No momento, ela sorriu, para não constrangê-lo, mas ela mesma já estava constrangida demais, tanto que não falou com ele o caminho todo para casa. A mínima tentativa de Erick para conversar foi abafada pela falta de entusiasmo e, ao mesmo tempo, raiva da Manuella.

- Amor, esse foi o último show! – Disse ele com um entusiasmo de criança. – Eu vou poder voltar para casa e te ajudar a cuidar da nossa casa, da nossa vida. Nunca mais vou deixar você.
- Ok – Ela não conseguia, de jeito algum, esconder a raiva que estava sentindo.
- Meu amor, o que você tem? – Ele tentava entender qual o motivo da reação sem entusiasmo de seu grande amor.

- Nada. Só dirija, Erick. Eu quero chegar em casa logo – Seu tom foi tão frio, que ele se calou.

Eles andaram mais uma meia hora em silêncio absoluto, dava para sentir o clima de tensão e, de certa forma, eles sabiam que uma briga muito grave se seguiria àquele momento, só não sabiam o por quê dela.

Chegando em casa, Erick tentou novamente conversar com sua esposa e, dessa vez, ela demonstrou uma reação, mas uma reação que ele não esperava. Ela explodiu.

- QUE IDÉIA IDIOTA FOI AQUELA DE ME CITAR NA FRENTE DE TODA AQUELA GENTE? – Ela falava tão alto que parecia gritar, o que o pegou totalmente de surpresa – VOCÊ SABE O QUANTO EU ODEIO TODO ESSE TIPO DE PUBLICIDADE! EU NÃO SOU IGUAL VOCÊ, QUE QUER SER O CENTRO DAS ATENÇÕES.
- Nossa meu amor, me desculpa. – Ele tentava, de todo jeito, consertar o erro que nunca pensara ter cometido – Eu não sabia que você iria ficar brava, eu deveria ter te avisado. Desculpe-me, eu nunca mais faço isso.
- NÃO? TEM CERTEZA? – Ela ainda gritava. – Eu NÃO tenho tanta certeza assim! Da mesma forma que você disse que nunca mais vai me deixar! Você vai voltar a tocar! Eu tenho certeza, parece que isso é mais importante para você do que eu! EU ESTOU FORA! ADEUS.

Manuella saiu de casa. Andou na chuva sem saber o que fazer, e para aonde ir. Sentou num banco de praça e deixou simplesmente a chuva cair. Algum tempo depois, decidiu ir para casa do seu irmão mais novo que, embora a idade menor, provavelmente saberia aconselhá-la naquele momento de dificuldade. Andou, andou e andou, mas a casa dele era muito longe. Decidiu parar em um lugar qualquer, pedir um quarto e dormir. No dia seguinte, ela tomaria um táxi até a casa do seu irmão. Como só estava com o cartão de crédito, ele teria que pagar, mas ele não negaria isto a ela naquele momento. Naquela noite, ela dormiu muito mal, teve vários pesadelos. Abandono, ser trocada, sobre vários temas diferentes. Coisas que ela temia, coisas que a machucavam, a magoavam...

Chegando na casa de seu irmão, ela explicou para ele tudo o que aconteceu. Ele não soube como aconselhá-la direito, exceto falar o óbvio.

- Manuella, você está levando isso a um ponto muito mais longe do que deveria. Você está praticamente fazendo “tempestade em copo d’água”. – Ele parou e respirou. – Acho sinceramente que você deveria voltar, reconsiderar tudo e ver o grande erro que você está cometendo.
- De jeito nenhum – Ela replicou. – Nunca vou fazer isso, porque isso vai se repetir sempre.
- E você vai continuar a amá-lo sempre. – Ele encerrou a questão num tom severo. – Venha, deixa eu te mostrar. Acho que isso vai te ajudar mais do que eu.

Ele, calmamente, a levou para o seu quarto e pediu para ela esperar em sua cama. Ele se dirigiu a um armário, no canto do quarto, e dele retirou uma caixa grande de madeira. Ali estava guardado um dos maiores tesouros dos dois: As lembranças dos seus pais.

- Você sabe que o papai escrevia bastante, não é? – Rafael perguntou à Manuella. – Uma das coisas que a mamãe mais gostava nele eram os textos que ele escrevia. Eu passei muito tempo lendo eles, porque vários deles contêm ensinamentos e coisas que o papai pensava. Mais importante, ele retrata coisas que ele sentia a respeito da vida dele com a mamãe.
- Você nunca me contou isso – disse ela. – E, como isso pode me ajudar? Pode me explicar?
- Tome, leia este texto aqui. – Ele estendeu a folha de papel para ela – Leia, reflita. Eu sei que você vai fazer o certo. A chave está na porta, quando e se você quiser sair.

Rafael deixou o quarto e deixou a sua irmã ali, pasma. Ela pegou a folha e começou a ler.


“ É para sempre...

Estranho, é impressionante MESMO como as coisas acontecem. Como nem todo o amor do mundo consegue evitar os mais variados tipos de conflito. Hoje, mais cedo, eu estava longe do meu amor. Daquela que amo, respeito e confio. Longe por causa de um erro que eu cometi. Um erro que, nem sequer imaginava que existisse, dado a sua importância mínima e perfeitamente idiota. Mas, mesmo assim, meu amor estava com raiva de mim. O único crime imperdoável para uma pessoa que, como eu, quer uma única coisa na vida: A felicidade dela.

Nunca me foi dito que seria tão difícil. Nunca me foi dito que a nossa vida ia ser assim...Tão difícil, tão sofrida em alguns momentos [me refiro aos momentos de distância]. O mais engraçado é que nunca concordamos em nada, ou, concordamos em poucas coisas. Muitas vezes, saem brigas dessas discordâncias.

Não sabia que seria tão difícil viver desse jeito, mas tem uma coisa que supera tudo. Não importa a dificuldade, sempre valerá a pena. A única coisa que concordamos invariavelmente é que nos amamos. Isso não tem dúvida, discussão, insegurança ou qualquer coisa que faça questionar se amamos um ao outro ou não.

Agora, não importa se nos amamos ou não, as brigas surgem. Mas, eu me pergunto: Isso seria motivo suficiente para nos separar? Não importa o quanto briguemos, sempre estaremos juntos. Nossas brigas fazem nós rever as coisas e nos tornarmos ainda mais perfeitos um para o outro. O amor foi feito para ser para sempre e não uma coisa descartável, como algumas pessoas parecem achar.

O nosso amor É SIM para sempre. E, não importa o quanto briguemos, nós nunca nos separaremos. E, mais importante ainda: Mesmo brigando, nunca encontramos alguém mais feliz do que nós.


The End”


Manuela leu o texto de seu pai e, logo em seguida, olhou todas as lembranças que ela e seu irmão tinham deles. As fotos, os vídeos, os outros textos...As alianças. Tudo ali continha uma marca: A marca da felicidade. Uma coisa não faltava naquelas lembranças: Felicidade. Uma coisa que nunca faltou para ela e seu marido, não importa o quanto brigassem. E, no fundo, ela sabia que não importava o quão zangada ela tivesse com ele, ela sempre ficaria bem, porque ele era o único que poderia fazê-la feliz. Ele era o único que a fazia feliz. E, o motivo para ela se zangar era tão besta que ela parou pra pensar e não entendeu o motivo da sua reação. Ela sabia que era a mais importante, sempre. E, mesmo errando, tudo o que ele quis foi agradá-la e demonstrar o quanto a amava. Manuella, a partir daquele dia, passou a de fato enxergar a sua mãe em si mesma. Uma coisa correta, partindo do pressuposto que ela estava sempre com sua filha.

Seus pais, naquele momento, trocaram olhares e esse olhar só tinha um significado:

Eles sabiam que a história estava se repetindo.

domingo, 8 de agosto de 2010

"Carpe diem..."

“Carpe diem...”


Estranho pensar que, até pouco tempo atrás, essa expressão não tinha qualquer significado para mim, exceto a tradução literal. Tradução literal esta que dava as mãos a uma das minhas filosofias de vida, que consiste em viver antes de morrer. Mais estranho ainda é pensar na rapidez com a qual essa expressão se tornou importante para mim, a rapidez com a qual ela se instalou na minha cabeça.

Carpe diem significa, acima de tudo, aproveitar as coisas. Seja um dia, uma hora, um minuto, ou a vida em geral. Talvez venham me perguntar qual a razão do texto quando na verdade, boa parte do texto a expressão ficará basicamente “esquecida”. Porque esse foi o último pedido de alguém que se importava comigo, e essa expressão acabou por se tornar uma das coisas mais importantes instaladas na minha cabeça. Para explicar o motivo dessa expressão ter tamanha importância, eu vou reunir aqui as estações da minha vida e, com isso, mostrar a vocês porquê e como eu cheguei onde estou agora.




I – Abismo: O Mais Escuro dos Invernos


Para quem nunca leu nada do que eu escrevi, pode se tornar estranho ler “estações da minha vida”. Por isso, perdoem-me uma breve explicação: Eu sempre vivi diferentes estados de espírito na minha vida. De acordo com a situação que eu vivia, uma emoção predominava. A primeira parte da minha vida, os anos vazios, tudo o que predominava era simplesmente a existência. Mas, a partir desse ano, eu passei a viver uma estação diferente: O inverno.

Eu costumo associar as estações a sentimentos de acordo com as minhas preferências e, de acordo com a estação, eu fico num estado diferente, justamente por causa do clima diferente. É uma comparação meio infantil, comparar o estado de espírito ao clima, mas acho que é o que representa melhor.

O inverno é a estação mais triste que existe para mim, e é nele que eu me baseio para escrever sobre as fases mais difíceis que eu vivi. Os primeiros 5 meses desse ano estão incluídos justamente por serem os piores da minha vida. Estão incluídas também as férias do mês de julho.

Por que foram tão ruins? A resposta é bem simples: Nos primeiros meses, eu vivi sem esperança de ter uma vida. Sem esperança de ter um futuro feliz, porque o que eu julgava o futuro era simplesmente uma mentira. Algo que, na melhor das hipóteses, duraria 1 mês. Mais importante ainda, porque eu sofri em função de alguém que nunca foi o que de fato eu pensei. Eu me apaixonei pela sombra daquilo que eu julgava ser a garota perfeita para mim. A garota que eu queria passar o resto da minha vida com. O fato de ser uma mentira e aquilo nunca ter o final que eu esperava que tivesse, me fez entrar em desespero e me afogar em tristeza.

Já nas férias, embora eu já estivesse vivendo a última estação, ficar longe dela me fez remeter a uma “crise de abstinência”. A única diferença é que eu tinha esperança. Mas ainda assim, era potencialmente problemático, principalmente pelas perdas que eu tive.

Mas, em ordem cronológica, o que importa agora são os 5 primeiros meses. Por que eles em especial? Porque foi o tempo que durou essa fase, sendo que depois deles, tudo mudou. E é ai que começa a outra estação, que não se enquadra dentre as normais.




II – Mudança: Um Outro Mundo.



Essa parte, simplesmente é uma transição. Uma transição onde eu descobri boa parte do que eu sou, quem eu sou. Eu passei a viver num outro mundo, eu passei a olhar o mundo de forma diferente. Talvez, nessa parte, é que escrever tenha se consolidado como um dos meus maiores hobby’s.

Mas uma coisa é curiosa, muito curiosa, dentro disso tudo.

Há muito tempo atrás, eu e meus amigos concluímos que algumas coisas nunca mudam. Eu vivi tanto tempo sem qualquer mudança significativa na minha vida que eu comecei a achar que nada muda, nunca. Enquanto eu estava no inverno, eu perdi totalmente a esperança sobre qualquer mudança e havia deixado a tristeza simplesmente me engolir: “Permanecer apaixonado com minha própria tristeza”. Era uma frase que eu definia como meu futuro. Mas, mesmo sem qualquer esperança, veio a mudança. Eu aprendi a amar, eu me apaixonei.

Quando a mudança de fato veio, ela veio de forma definitiva. A partir do momento em que eu me apaixonei pela Bella, seria sempre assim para mim. Eu sempre vou amar quem causou essa mudança: Minha Bella, meu amor. Justamente, tudo o que eu amo nela. Seu sorriso, seu olhar, sua personalidade e seu jeito de me encantar com coisas simples. Eu sempre vou amar isso.

“Trazendo mudança, trazendo movimento, trazendo vida”. Basicamente, podemos resumir nisso. Porque mudou completamente o meu ser, não quem eu sou, mas é com ela que eu posso ser quem eu nasci para ser. E, olhar o mundo da minha maneira, que é uma maneira diferente do que eu sempre vi, é tão diferente que eu sinto como se estivesse entrando em um novo mundo. Um mundo onde existe felicidade e a coisa mais linda existente é justamente...A Bella. Isso não é influência dela, mas sim eu encontrei nela tudo o que eu sonhei. Tudo o que eu esperava encontrar naquilo que me fez sofrer. Sofrer com a decepção. De qualquer forma, essa nova liberdade que surgiu, a liberdade de ser quem eu sou...Foi como entrar em uma nova vida. A Bella me trouxe a vida.

Mas antes de tudo isso...Antes do final, eu passei por uma última estação: A estação da transição definitiva.



III – Outono: Fim de uma Era, Eis que o Sol Nasce.


Antes da minha vida se tornar o que se tornou, eu tive 18 dias de expectativa e indecisão. Eu não sabia se a mudança era correta. A partir do momento que eu vivi a minha vida inteira no inverno, eu não saberia se seria capaz de me adaptar. Não por mim, mas pelo fato de a Bella, me dando tudo o que dá, merecer tudo o que existe de bom na Terra. E eu não sabia se seria capaz de mudar para conseguir dar tudo à ela. E eu não iria entrar se não fosse capaz.

Um dos muitos apelidos que eu dou para a Bella é “Sol”. Justamente por ela aquecer [literalmente =x] e iluminar minha vida. Por ela me fazer feliz. A partir do momento em que eu ouvi o “sim”, foi como o meu Sol nascer e se instalar no fundo da minha alma.

Com isso, eu entrei numa era diferente da minha vida. Na última estação.



IV – Felicidade: O Verão Inevitável, o Florescer da Primavera.


Assim, como mudaram as estações, acabou-se o frio do inverno e a mudança do outono. Eu estacionei [Espero eu para sempre] na última estação: O verão.

É estranho eu usar o verão, quando na verdade a minha estação favorita é a primavera. Mas, essa estação é uma estação mista. Ela é um híbrido das duas estações que eu gosto.

Começa com o verão, estação quente demais e seca. No começo de tudo, não havia exatamente romance e eu tomava atitudes sem pensar. De fato, eu não imaginava muitas coisas que aconteciam. Não conseguia imaginar exatamente o que se passava na cabeça do meu amor. Eu fui egoísta e esqueci de pensar nisso. Era tudo muito seco, e ainda havia vestígios de medo e falta de segurança conosco. Mas, veio a separação e o inverno novamente.

Mas, por um milagre, a primavera floresceu desse inverno. Percebemos o quanto fazemos falta um ao outro e, com isso, percebemos o quanto nos amamos. Isso só fez nosso vínculo aumentar de forma excepcional. Literalmente, floresceu.

Embora tudo isso tenha acontecido, eu seria muito imbecil se deixasse escapar um fato marcante nisso tudo. Foi simplesmente uma marretada na minha cabeça perder os autores e quem possibilitou a minha união com a Bella. O amor nos uniu, para sempre. O amor do Allison e da Lívia.

É estranho, muito estranho, perder os dois. Por duas razões: Depois que os perdi, eu passei a sentir estar sendo acompanhado.

A outra razão é um pouco mais complexa. Na nossa convivência, a Lívia sempre me dizia que eu era parecido com o Allison, não física, mas sim psicologicamente. Sempre tivemos uma personalidade bem parecida, de acordo como fomos criados. Quando eu conheci a Lívia, eu mirava nela a garota perfeita para mim e quando eu encontrei a Bella, eu passei a ver a Lívia nela. Devido a semelhança, novamente psicológica, entre as duas. As duas têm o mesmo jeito, o mesmo olhar...

Nunca vai ficar mais fácil aceitar o fato de que nunca mais vou ver os dois, mas ainda assim...Eles me prometeram estar junto comigo sempre, e eu percebo que eles estão cumprindo essa promessa. O espírito do Allison vive em mim, assim como o da Lívia vive na Bella.

O motivo do texto se chamar Carpe Diem é que o pedido foi dele. Aproveitar a vida. Depois que eu fiquei junto com a Bella e os perdi...Eu fiz uma promessa de aproveitar ao máximo minha vida junto com ela, não só por nós, mas pelos dois. Eles nos deram a possibilidade de viver a vida que eles não puderam e eu não pretendo desperdiçar. Não somos mais só Ricardo Augusto e Izabella Carozzo, nós temos conosco Allison Spinelli e Lívia Borges. Espírito dos dois continua conosco.

Saudade

Saudade...Ah, a saudade. Um dos sentimentos, sem dúvida alguma, mais temidos. Mas será que esse sentimento é tão ruim assim?

É claro que é totalmente desconfortável você sentir falta de algo, é claro que é bem preferível você não sentir saudade de alguma pessoa e/ou objeto, mas talvez esse sentimento tenha os seus pontos fortes. Nessas férias, eu senti muita saudade. Muita mesmo, a ponto de querer fazer coisas insanas para matá-la.

Mas no final das férias eu descobri que, embora tenham sido momentos agonizantes, essas férias me mostraram várias coisas e me ensinaram muitas coisas também.

A primeira delas, com certeza, eu devo classificar como: “dar valor”. Por que dar valor? Muito simples: Quando você fica sem algo, você aprende o quanto aquilo faz falta para você. E, no meu caso, fez muita falta.

Nessas férias, pessoal, eu fiquei longe dos meus amigos e da coisa mais importante que existe no meu mundo: Minha namorada, meu amor, minha Bella. Eu já valorizava tudo isso, e nunca foi pouco. Mas ficar longe deles me fez perceber o quanto são importantes para mim e como eu não posso viver feliz sem estar junto deles.

Nessas férias, eu perdi a melhor das pessoas.

Mas isso, no final das contas, isso seria motivo de desespero para mim? Foi, por muito tempo. Mas no final, eu descobri que embora não estejam comigo em estado físico, algumas coisas eu sempre levo comigo. Nosso sentimento, seja ele de amizade ou amor ou simplesmente prazer em estar junto com o outro. Eu levei isso comigo as minhas férias inteiras e vou continuar levando por muito tempo. Eu levo como? Nas lembranças, nas recordações dos bons momentos. Isso é algo que, embora esteja somente em minha cabeça, ajuda e muito nos momentos de solidão e de tristeza. Impede de você se sentir sozinho, por mais sozinho que você esteja. Me impediu de ter pesadelos. Pesadelos de abandono, exatamente por me sentir sozinho.

Mas nesse tempo, exatamente como eu disse, mesmo na hora mais escura eu ainda tive esperança. Fé, que eu veria todos de novo. Uma das únicas vezes em que eu tive fé na vida, não importa no que seja. E agora, faltando pouco tempo para ver todo mundo, o que vem agora não é mais a saudade e sim a conseqüência de todo esse tempo longe: Sensação de missão cumprida.

Mas que missão? Essa é uma resposta simples. Esse tempo longe serviu para nós intensificarmos os nossos laços, os nossos vínculos. Mesmo que involuntariamente, todo esse tempo fez nós percebermos o quanto nós nos amamos, o quanto gostamos um do outro e o quanto o outro é importante para nós.

E, mesmo quando nós não podermos nos ver mais, quando perdermos um irmão, um amigo, um amor...Fica a lembrança, fica a recordação do momento especial, do que significou realmente para nós e, ainda mais importante, toda a influência que tiveram na vida dos que ficam.

Nunca perdemos alguém, assim como nunca estamos sozinhos. Por mais longe que a pessoa esteja, ou quanto tempo ela partiu, uma relação de amor e amizade não termina nunca. Ela sempre deixa sua marca. Essa marca chama-se saudade, e representa a importância que as pessoas tem para a outra.

A saudade que eu senti nessas férias só provou o quanto meus amigos e meu amor são importantes para mim. No final, por pior que tenha sido, não foi nem de perto ruim como poderia ser.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Beiçudo

Beiçudo!

Não tenho nem palavras para descrever a emoção que eu sinto em fazer essa homenagem para um grande amigo, um grande camarada de armas cuja colaboração em minha vida tenha me proporcionado vários momentos hilariantes e, se não fosse por sua intervenção excepcional, eu ainda estaria ou agonizando e iludido ou estaria em uma furada absurda cujo fim não seria nada bom para mim.

Por isso, primeiramente eu só tenho a dizer: “Obrigado Beiçudo!”

Me lembro como se fosse hoje como nossos caminhos se cruzaram. Indiretamente no dia 18 de Janeiro de 2010 e, de forma mais precisa, no final de fevereiro [Vejam que presente de aniversário eu ganhei \o/]. Não imaginava que, a partir dali, eu teria um champz para alegrar a minha vida diária quando ela estava tão triste e sem rumo. Eu nunca me senti um troll, e nunca fui de fazer sacanagem, mas meu amigo sempre me deu oportunidades para trollar a sua própria vida.

Tudo começou quando eu descobri que ele era o namorado da minha, até então, paixão platônica [blergh]. Até então, não sabia de nada sobre ele e nem queria saber, na realidade, eu só estava esperando o momento oportuno para furar o olho dele /coolface. Mas esse momento não veio, e fui agraciado com momentos ainda mais marcantes e pérolas que jamais esquecerei na minha vida.

Lembro como se fosse hoje o dia em que eu vi uma indireta para mim no orkut da Sra. Nave Espacial. Uma frase que continha uma expressão que, sem dúvida, marcou o meu ano e foi incorporada prontamente ao meu vocabulário: “Espero SINCERAMENTE” foi a pérola que eu citei. Nem preciso comentar gente, as barbáries com o nosso belo português [não que eu também não cometa, mas do nível dele...], ou confusões com significados de palavras.

Excepcional o dia em que o mesmo confundiu arrogância e / ou prepotência com egoísmo! Meu Deus! Tudo bem que as 3 são características ruins...Mas pelo amor, né? Vamos aprender certinho gente e não cometer esses deslizes, porque ver essas coisas só nos faz sentir vergonha alheia, só nos faz ter pena do cidadão que abandonou a escola muito cedo ou foi um tremendo vagabundo do início ao fim e não prestou atenção à coitada da professora de Língua Portuguesa ou sequer abriu um dicionário alguma vez em sua vida para verificar o significado das palavrinhas. O pior é ver o cidadão tentar me ironizar ou pagar um pau para o jeito que eu escrevo [que eu quero que seja o mais correto possível] e ainda assim não conseguir, porque críticas infundadas ou não-construtivas de seres que não tem a capacidade de raciocínio de uma jabuticaba não têm o menor efeito em mim. Muito pelo contrário, só fará este mesmo ser levar uma resposta muito da atravessada para casa.

Por isso, meu caro, me poupe de suas tentativas de ser alguém e com o mínimo de educação, porque isso é algo que você tem que evoluir muito. Todo “pokemon” evolui, sabia? Uma hora você chega lá. Nem vou comentar a sua tentativa miserável de ser cantor. Tentativa esta que fez muitos ídolos de músicas nacionais e internacionais sentirem vergonha de ter um fã como você. Por isso, não estrague os trabalhos que estes cantores. E, eu dou graças a Deus por ser fã de UMA banda só e não ser a minha favorita, porque eu ficaria realmente puto se você estragasse algum trabalho da minha banda favorita com essa sua voz de taquara rachada, ou a sua “percussão” dando batidas num sofá. Faça-me o favor.

Agora, para encerrar, o motivo de eu chamar o meu amigão de beiçudo é que ele conta com lábios “bem dotados” até demais. Sinceramente, a proeminência da boca dele é tal que qualquer um que tentasse dar um murro na sua boca teria seu braço engolido. Ele consegue muito bem fazer com o beiço o que negros com cabelo black power conseguem fazer com seus cabelos: Esconder o que der e o que tiver. Até tua própria família consegue te trollar por isso cara. PQP, hein? Sinceramente cara, eu te acho um herói por conseguir beijar uma garota sem engoli-la [eu acho]. Fora que, sendo feio desse jeito, você deve ter uma lábia fodida que nem o cara mais intelectual conseguiria imaginar ou uma cara de pau que não racha de jeito algum.

Mas, apesar de tudo isso que eu falei de você, eu ainda te amo cara. Você é um cara divertido e me deu um dos momentos de maior prazer esse ano, onde eu pude bater um papo muito amigável com você. Apareça lá na ETE! Ficarei muito feliz em conhecer você melhor, mas só deixe o beiço longe de mim, por favor. Nem precisamos conversar para eu ficar feliz, só nossas trocas de olhares já são suficientes para fazer meu dia ficar mais feliz.

Para todos os que lerem, o nome do meu amigo, do meliante é: Otário Naves Espaciais.


Beijo a todos x).

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sonhar

Sonhar – Izabella Carozzo

É ridiculamente estranho estar fazendo um replay do meu melhor texto. Na verdade, muitas coisas são estranhas. Um exemplo disso é o Sonhar.


Há três meses, como sabemos, eu tive uma seqüência de sonhos que originaram esse texto. Esses sonhos tratavam de uma coisa simples: Minha vida. Mas não minha vida de uma forma comum, mas minha vida em seu estado perfeito. Explicando, eu diria que o sonho mostrou minha vida perfeita. Como ela seria se fosse perfeita.


Mas aí, para vocês, pode vir a seguinte pergunta: Se é estranho escrever de novo, então por que está escrevendo?


A razão é muito simples, meus caros, eu não me sentiria bem sabendo que o meu melhor texto conta uma ilusão. Uma coisa que eu sonhei, uma coisa que eu desejei, nada mais do que isso. Quem me conhece, sabe que eu não escrevo textos sobre fantasia. Por mais fantasioso que o texto seja [quase nunca é], ele tem um embasamento ou fundamento em algo que aconteceu comigo ou que eu penso ou sinto.


O 1º Sonhar, o “original”, tratava da minha vida perfeita com uma pessoa que jamais poderia incorporar o papel da garota perfeita. Por que jamais? Porque ela não é a pessoa que eu sonhei que fosse. Eu “amei” uma mentira. Eu sonhei com uma mentira. Foi tudo uma ilusão.


Agora, pessoal, está na hora de contar a verdadeira vida perfeita. Agora, não mais como uma ilusão, mas como algo que sim pode acontecer. Não por não ter mais coisas que fisicamente, seriam impossíveis no nosso mundo contemporâneo, mas por tudo se encaixar. Pode vir a pergunta: Como assim, se encaixar? Muito simples: Eu, finalmente (mas mesmo assim muito mais cedo do que a maioria) encontrei a garota descrita no sonho. Mas não a descrição física, mas a descrição psicológica da mesma. Eu encontrei a garota perfeita, não em aspectos comuns, porque nenhum ser humano o é...Mas encontrei a garota perfeita para mim. Seu nome é Izabella Carozzo.


Ela é o motivo do Sonhar passar a ser válido. Porque ela é a garota que eu pensei que a antiga “personagem” da história era. Porque ela se encaixa direitinho com a garota que eu sonhei para a minha vida perfeita, porque ela é a garota que eu sonhei para uma vida perfeita. E assim começa...



E começa com...

Eu decidi escrever novamente o texto por mais um motivo, além do já citado: Obviamente, a minha vida perfeita mudou.


Nesse texto aqui, acho que a narrativa tenderá a ser diferente da anterior, por uma razão simples: No texto anterior eu escrevi baseado em 4 sonhos que eu tive. Mas depois que eu conheci a Bella e, especialmente depois que comecei a namorá-la, os sonhos se tornaram freqüentes.


Agora, como começou minha vida? De uma forma bem simples e curiosa. Nós dois estávamos na ETE, era de dia, mas estava vazio. Logo supus que estávamos em uma terça feira ou uma quinta feira, dias em que eu fico mais tarde esperando com ela até o curso de inglês. Suposição esta que, com o tempo, se provou correta. Estávamos em frente ao bloco 5, sentados em um banco qualquer. No sonho, eu perguntei para a Bells qual era seu “veredicto”, e ela me deu uma resposta muito simples: “Eu resolvi dar uma chance para nós dois”.


Agora o que é mais curioso neste começo? Porque aconteceu exatamente a mesma coisa na vida real. Não 100%, mas 98% pelo menos. E por quê? Porque eu sempre fui meio supersticioso na minha vida e, de certa forma, levei a sério o Sonhar, quando ele tinha uma real chance de acontecer. Eu procurei ao máximo seguir o que eu me lembrava e consegui. Agora, a única “não-semelhança” é quando comparamos as palavras ditas pela Bell. Na vida real, ela já tinha conhecimento deste sonho e me deu o veredicto dizendo: “É o mesmo do seu sonho”. Na vida real, tudo foi repetido. As poses, as roupas, as caretas...Inclusive a falta do primeiro beijo na primeira cena. Porque nas duas estávamos tensos, na real e no sonho. Mesmo clima de...Vergonha, talvez.


Mas isso não impediu de começarmos a nossa vida ali. Agora, voltando a falar dos sonhos...Eu vou deixar de abranger simplesmente o 1º sonho e vou passar a abranger a nossa história como um todo, novamente por uma razão simples: Não adianta contar a história incompleta, falando somente em vislumbres quando, na verdade, eu já tenho uma noção mais do que básica do que aconteceu. Fruto de muitos sonhos posteriores. Muitos sonhos depois inclusive do começo.


O que pega nisso tudo é que, desde que começamos a namorar, eu tenho tido várias sensações de Déjà Vú. Como se já tivesse visto aquilo antes, como se já tivesse vivido aquilo antes. Ai eu me lembro: Eu já vivi, mesmo que em sonho.


Voltando a história “principal”, o que aconteceu depois do nosso começo? Passamos a conviver mais e mais dia-a-dia, não saíamos do lado um do outro de jeito nenhum. Fomos para o curso técnico juntos, para fazer química, uma segunda paixão minha, talvez, que tenha sido esquecida quando eu descobri não só como meu professor de química era chato, mas quando eu descobri a minha paixão por escrever. Por isso, talvez, eu tenha optado por jornalismo como sonho. Ainda o é, mas de uma forma muito menos presente do que antigamente, porque sei lá, estar junto com a Bella me inspira a fazer as coisas. O resultado talvez seria mais proveitoso estando junto com ela, do que simplesmente investindo num talento que eu nem sei se tenho. E, no sonho, foi.


Ambos nos formamos na ETE, tanto no Ensino Médio, quanto no Ensino Técnico e ficamos juntos pelo tempo inteiro. Parecíamos unha e carne. Típica história de casal de namorados, não conseguem ficar longe um do outro. Mas um aspecto crucial nisso tudo que eu faço questão de frisar é o seguinte: Por mais que tenhamos sido limitados por parte desse período, ao contrário das relações normais de adolescentes, que não duram nada...A nossa durou, e a parte mais importante disso foi que ela não se desgastou em nenhum momento. Pelo contrário, ela se fortaleceu. Porque, a partir do momento em que a confiança e o amor vão crescendo, novos limites são estabelecidos ou deixam de haver limites para certas coisas. Tudo passa a ser aberto e passa ser uma relação 100% segura, onde não existem segredos. Não que na nossa hoje exista, mas nem sempre sentimos necessidade de compartilhar TUDO um com o outro. Por N razões.


Agora, depois da nossa formatura, fomos para a faculdade e para os nossos primeiros empregos. A partir dali começava a vida adulta. Nossa vida independente. Não sei exatamente o quanto, mas no chutômetro eu diria que demoramos + uns 5 anos para sair da casa dos nossos pais para vivermos juntos. Talvez mais, digo 5 porque é isso que a nossa aparência indicava. Depois de juntos, demoramos mais um tempo para nos casarmos. Tempo suficiente para ambos estarmos formados e com um emprego suficientemente bom para nos garantir uma vida confortável. Mas ai, pouco tempo depois, uns 2 anos depois, veio nossa filha e, + 2 anos depois, veio nosso filho. Essa é uma das mudanças mais significativas entre o “original” e este. Ao invés de 1 filha só, tivemos um casal. Os nomes: Rafael e Manuella.


Uma coisa que eu fiz, logo após ter o 1º sonho, foi perguntar para a Bells que nomes ela colocaria em filhos. A partir do momento que eu tive o 1º, era questão de tempo para ter os outros e então eu decidi perguntar, para garantir o máximo de fidelidade com a realidade.


A partir daí, nossa vida ficou muito corrida, com 2 filhos pequenos para cuidar e isso causou um pouco de estresse. Eu arrisco a dizer que essa foi uma época difícil para nós, mas no final, acabou sendo uma das mais recompensadoras. Qualquer pessoa que visse o que eu vi, poderia arriscar isso. Justamente por ver o orgulho estampado no rosto de um pai e de uma mãe. Eu só posso imaginar, mas você que está lendo imagine comigo: A partir do momento que você cria dois filhos, passa por dificuldades para fazer isso de uma forma correta, mas não dificuldades financeiras, eu digo, mas dificuldades por falta de tempo, trabalho estressante e todas as responsabilidades de uma casa para cuidar...Quando você vê o resultado de todo esse trabalho bem sucedido, deve dar um prazer ainda maior, a recompensa. A recompensa mais simples, mas mais especial que um casal de pais pode ganhar: Orgulho. E isso, meus caros, é algo que eu vi estampado no meu próprio rosto e no rosto da Bells nos meus sonhos. Orgulho de uma criação bem sucedida de dois filhos, ainda mais não sendo uma criação de baixa dificuldade.


Nessa “versão” [não consigo achar um adjetivo cabível para dar. Poderia chamar de versão definitiva, mas soa muito clichê] do Sonhar eu, como já disse, não virei um jornalista e sim, um químico. Não sei se engenheiro químico ou só químico. Ainda existem lacunas que os sonhos não me mostraram. Por não ter virado jornalista, eu não tinha mais necessidade de escrever crônicas ou colunas para algum lugar. Partindo desse pressuposto, não haveria cena no parque e um texto escrito por mim motivando alguma frase determinante. De fato não houve.


Mas aconteceram várias coisas que motivaram coisas mais incisivas, agudas ou...Simplesmente especiais. Coisas que ficam na nossa memória.


O Parque, o Lugar Especial


Como todos os que me conhecem sabem, existe um lugar no mundo, mais precisamente em Munique, na Alemanha, que me desperta um certo interesse. Primeiramente por ser um sonho conhecê-lo e, a partir do momento em que ele aparece no Sonhar como um lugar determinante, um lugar especial...Passou a ser meio que “obrigação” na minha vida conhecer. Por ter um valor significativo na história.

Esse lugar chama-se “Olympia Park”.



Um lugar simples, talvez, mas de caráter fundamental na minha história. Justamente por ser um sonho conhecê-lo e o final da MINHA história se dirigir exclusivamente para lá.


A Promessa Cumprida


Agora, uma parte um tanto quanto emocionante e especial do texto. A nossa promessa, a minha promessa com meus amigos de vivermos até a velhice juntos como amigos. Todos nós. Embora várias coisas tenham mudado, nada disso mudou.


Exceto uma coisa.


No final de tudo, eu vou colar o trecho do outro texto sobre essa parte, mas antes me permitam fazer algumas mudanças. Na parte da promessa cumprida, não nos mostra simplesmente no final das nossas vidas, juntos. Mas sim a nossa vida por inteiro junto. Foi-me mostrado todos os lances especiais da nossa vida. Quando a Bella conheceu todos, quando tocamos juntos. Quando fizemos o show do MEU casamento. Quando eu toquei a minha primeira música na guitarra junto com eles [Home, Daughtry =X], quando todos eles me acompanharam ao ver a Bella dançar. Fizemos uma música para ela e ela fez uma coreografia para apresentarmos na escola de balé onde ela fez aula. Não mostrou simplesmente nós, no final. Mas sim toda uma amizade.


Agora, a cola do trecho do outro texto:


“O vislumbre foi a mesma cena, sem nossos filhos e com nossas esposas abraçadas conosco, olhando o lago. Já estávamos mais velhos, bem mais velhos. Mas ainda estávamos ali, juntos. Como conhecer aquele lugar era um sonho em comum, tornou-se o nosso lugar especial, o lugar onde nossa amizade tornou-se eterna. Eu não vi ninguém morrer, todos ficaram ali juntos. O tempo passou, mas ninguém morreu. Cumprimos a promessa de chegar à idade avançada juntos, ainda amigos. E provavelmente mesmo depois da nossa morte nossa amizade continuou, mas com as marcas que deixamos na Terra: Nossos filhos. Ela se tornou eterna. A promessa mútua foi cumprida.”


Agora, o que é mais determinante nessa promessa ou o que é fundamental nesse sonho...É que ele deixou de ser 100% possível. Recentemente, um dos nossos amigos foi sentenciado a morte por doença. Por falta de 1, 2. Os mais especiais para mim, Allison e Lívia. Nenhum dos dois, por maior que seja o milagre, poderá estar conosco no final. O Sonhar não vai ser 100% cumprido. Mas isso chega a ser um empecilho? Não.

Por mais que eu queira eles comigo, por mais que seja especial o Sonhar ser cumprido e minha vida seja perfeita...Nada é 100% perfeito. Nunca. Por mais que tentemos tornar, alguma coisa sempre dá errada. Mas, de qualquer forma, uma coisa é fato: Os dois deram a sua contribuição, contribuição essa que é a mais importante de tudo. Eles tornaram o sonho possível. Eles contribuíram para que isso acontecesse e se tornasse real para nós. Eles nos levaram em direção ao caminho certo. E, mesmo depois de sua partida, ambos continuarão nos guiando e nos protegendo do mal.


Para sempre nossos anjos. =). A vida não será 100% perfeita sem eles, mas eles lutaram para que ela seja a melhor possível. E conseguiram. A promessa não será cumprida, isso é verdade, mas ela se torna irrelevante a partir do momento em que não necessitamos dela para continuarmos amigos sempre. Continuamos unidos, mas não por ela. Mas sim por nosso amor mútuo.


Minha vida, meu Sol, meu amor.

Eis um novo “capítulo”, que precede o Para Sempre. Mais uma diferença significativa entre um e outro. Porque meus sonhos passaram a não só mostrar meu envelhecimento. Talvez pelo fato do original ter sido uma mentira, ele foi desprovido de conteúdo, mas dessa vez não.


Dessa vez, foi mostrado a minha vida inteira. Não 100%, mas em uma quantidade muito mais rica de detalhes do que no anterior. Não só por ter mais sonhos. Mas porque uma vez me disseram que o que sonhamos representa os nossos desejos, ou parte dos nossos desejos mais íntimos. De certa forma, agora eu sei o que meu coração quer. E agora me foi mostrado exatamente para onde eu vou se eu seguir meu coração e me esforçar para merecer. Minha vida inteira eu fui feliz. Minha vida inteira, eu tive minha Bella do meu lado. Minha vida inteira eu fui perseguido não só pelo amor e pela felicidade, mas também pela esperança nos momentos mais difíceis. Esperança de que tudo ia ficar bem. E tudo ficava. Mesmo não tendo a vida perfeita, mesmo não sendo 100%, sempre fomos perfeitos um para o outro, graças ao amor que nos unia. O amor dos nossos amigos, nosso amor, o amor da nossa família. O amor nos uniu, para sempre.


Nós dois fizemos muitas viagens juntos, para lugares diferentes, lugares variados. Conhecemos nosso lugar especial [ou o meu, dependendo do ponto de vista], Itália, um sonho conjunto. Disney, que faz parte da nossa vida, por agregar personagens que fizeram parte da nossa infância e, mesmo depois dela, algumas frases ou pensamentos persistem, por conter algo que se identifica com nós dois.


Eu nunca chamei a Bella de meu “Milagre pessoal”, porque jamais vi ela desse jeito, embora muitas vezes ela se comportasse como tal. Meu milagre, meu Sol. A partir do momento em que nós conhecemos ela passou a iluminar minha vida, como um Sol. Ela pode sim ser considerada um milagre, mas prefiro muito mais chamá-la de meu “Sol pessoal”. Porque ela me iluminou a vida inteira, com seu sorriso que, mesmo não despertando nada sobrenatural, significava que eu a fazia feliz e, com isso, me fazia feliz também. Significava que as partes se encaixavam. Duas partes de um todo. Que “todo” seria esse? Duas partes que formam uma coisa só, cuja composição é: Felicidade, amor, carinho, compreensão, companheirismo. Por uma vida inteira.


Para sempre...

Como eu disse, o Para Sempre não é mais simplesmente nosso envelhecer, mas nossa vida inteira.


Mas depois que eu morro, a Bells acaba voltando ao Morro da Coruja, o lugar onde eu me vi envelhecendo. O lugar onde eu quis levar meu amor. Onde eu QUERO levar. É tão óbvio que eu nem citei o fato de eu ter levado ela para lá em vida. Mas a diferença significativa entre um e outro é que, depois que eu morri, ela não foi para lá sozinha. Nossos filhos ficaram junto com ela, até ela mesma morrer. Até ela mesma se encontrar comigo, para levarmos nosso amor além da vida. Para que ele seja realmente eterno.


Por isso eu digo, essa é uma diferença significativa entre um e outro. Porque no original, a personagem ficou sozinha. Nesse, não. A Bella teve os nossos filhos do seu lado. A nossa família ficou unida até o fim, e não simplesmente nossos caminhos se separaram. Não criamos nossos filhos para se esquecerem de nós, se esquecerem de onde vieram, eles cuidaram da mãe deles até ela partir. ISSO é uma coisa importante. Talvez a coisa mais importante.


Da mesma forma que no original, eu me vi de pé atrás do trio. Novamente como um guardião. Mas, existe uma diferença nisso tudo. Em virtude dos recentes do acontecimentos, eu passei a ver não só eu atrás dos três, mas o Allison e a Lívia também. Ambos nos protegeram até o fim, e depois que nós dois partimos, passaram a proteger nossos filhos, junto conosco. O esforço de nenhum dos dois para tornar aquilo realidade foi em vão.


Porque fomos sim, felizes a vida inteira, e não importou o que aconteceu, nunca oscilamos em nossa decisão de dar uma chance a nós dois. Sempre firmes e sempre sem arrependimento algum. Certa vez me disseram que o amor se constrói nas pequenas ações e não é algo que é pá pum e já era. Eu aprendi isso. Eu aprendi isso com meus erros. Com meu erro, o maior deles. Nunca pensei que um amor verdadeiro mudaria tudo...Porque viver é aprender.


Quando eu digo pequenas ações, eu não digo só de fazer algo um pelo outro, mas em pequenas coisas. Um exemplo claro que eu gosto de adotar é quando o parceiro está dormindo. Um exemplo que me foi dado e eu comprovei isso. Ainda não comprovei isso de verdade, na real mesmo, mas se uma simples foto já me inspirou um senso RIDÍCULO de proteção, eu imagino o que ver de verdade a Bell dormindo me faria. E é em pequenas ações que está o amor, como no exemplo de dormir: Cobrir a pessoa, caso esteja frio. Ou num beijo, num abraço, ou até num sorriso. O amor está gravado em momentos perfeitos que são passados juntos. Não precisa ser grandioso, só ter algum significado.


Isso é algo que esses sonhos e minha vida me ensinaram. E o Para Sempre é o resultado de uma vida de amor. Ele ser levado adiante.


Nunca Será Esquecido


É até estranho comentar o Adeus desse jeito. Mas depois que a Bella se foi nossos filhos, já casados, rumaram para Munique também.


Por isso esse lugar tem um significado diferente e especial, porque nós estabelecemos uma raiz ali. Um marco, um lugar que é imediatamente associado a nossa vida. O ícone do nosso amor. Por mais que ele não tenha nenhuma coisa a ver com isso, simplesmente por ter sido um sonho conhecê-lo, e por termos guardado boas lembranças dali...Ele se tornou um lugar especial para nós.


O último sonho, se é que podemos chamar desse jeito, novamente mostrava a nossa vida com nossos filhos. As mesmas coisas para ambos, com a típica diferença da festa de debutante da Manuella e a diferença de idade e de gostos pessoais de ambos. Mas os dois sempre foram muito próximos, pelo o que pareceu. Criamos os dois para serem amigos, por maior que fossem as suas diferenças, e isso foi algo que conseguimos. Todas as nossas viagens juntos, suas formaturas, suas brigas, tudo me foi mostrado. Na verdade, inclusive com acréscimos que eu não esperava. Uma cena num navio, num cruzeiro [até Titanic incorporamos, veja só], Rafael se aproximou ensinando uma criança a andar, mas a cena mudou tão rápido que eu não pude ver se era, de fato, um neto, mas é algo que sempre vai estar na minha cabeça. Novamente, eu reitero o que eu disse quando comentei sobre orgulho. Nós dois, eu e a Bella, tivemos o direito de nos orgulhar dos nossos filhos, se orgulhar do que fizemos por eles e do que eles fizeram por nós. Nossa vida feliz, a forma com que eles cresceram honestos, decentes e, acima de tudo, unidos. A forma com que eles não nos abandonaram no final, e estiveram conosco até o fim. Principalmente com sua mãe, depois que o pai morreu.


Agora, como terminar uma história? Como terminar a minha história? Como terminar a história da minha vida... Da minha vida perfeita e, caso não tenha sido perfeita, muito próximo disso. Simplesmente, o Adeus.

Novamente em Munique, nossos filhos se dirigiram ao Olympia Park, acompanhados de seus cônjuges e munidos com dois objetos: Nossas alianças.
Depois de enterrá-las na base de uma árvore, escreveram [mesmo que de forma tosca] no tronco da mesma: “Aqui está guardada a prova do maior amor que já existiu”. Soa meio como arrogância colocarem dessa forma, mas foi o que eles viveram. Para eles, foi o maior amor. O maior que eles tiveram a oportunidade de presenciar, mais até do que o seu próprio. E o fato de até seus parceiros estarem chorando, significa que tivemos influência na vida deles também. Com conselhos, apoio. Da mesma forma que o Allison e a Lívia tiveram na nossa, tivemos na vida dos nossos filhos. Essa influência, não importa qual tenha sido ela, foi boa...E nunca será esquecida.

Novamente nessa cena, eu vi o meu “fantasma” e o da Bella estarem junto, assim como o do Allison e o da Lívia. Estávamos vendo o reconhecimento do trabalho de uma vida inteira ali. E, apesar de termos morrido, nós sempre estaríamos com eles. Sempre tentando proteger do mal. Para sempre anjos. Nós 4.

Não fomos nós quem começamos isso, foram o Allison e a Lívia. E, ver essa vida perfeita, e ver que ela só é possível graças a eles, me dá mais um motivo ainda para lutar por ela. E, não importa o que aconteça, eu vou lutar.




The End



Comentário:

É estranho escrever o Sonhar novamente. Mais estranho ainda ver que minha vida perfeita mudou. E é ainda mais estranho saber que essa vida perfeita jamais acontecerá, por mais que façamos exatamente como está no sonho. Algumas coisas não dependem de nós, mas sim da natureza. E nem sempre ela colabora conosco.

De qualquer forma, não me interessa se a minha vida será exatamente como descrita no sonho, me interessa saber se eu vou passá-la junto com a Bella. Não importa a maneira que seja de fato a minha vida, se eu estiver junto com ela...Eu já posso considerá-la perfeita. E, ter a Bella comigo é algo que vale a pena lutar.

Anos Vazios

Anos Vazios – Uma Época Abandonada

Quantas vezes eu cansei de falar o quanto eu mudei desde que conheci a Bella? Isso está em todo texto que eu escrevo, a partir do momento em que ela entrou na minha vida. Mas, me permitam uma explicação simples sobre a minha vida antes da Bella. Porque é sobre isso que eu vou tentar escrever nesse texto, embora vá abranger mais do que isso.

Dia 22/02/1995: O dia em que eu nasci. Um dia comum, em muitos aspectos, nada de excepcional ou diferente aconteceu nesse dia ou algo que vá ser lembrado. Pelo menos não pela sociedade como um todo. Eu não nasci para ser especial, diferente. Não nasci bonito e não sei exatamente se posso ser considerado inteligente, eu acho que não.

A minha vida inteira toda eu estive no que eu chamo de “Média”, pelo menos para mim. Nunca me destaquei, só algumas vezes na escola em termos acadêmicos...Mas isso nunca foi motivo para me orgulhar porque sempre me disseram que não fazia mais do que minha obrigação...E, de certa forma, sempre foi verdade.

Sempre busquei um futuro na minha vida, mas meu futuro sempre foi sozinho. Nunca almejei me casar ou constituir uma família. Nunca soube exatamente se seria capaz de fazer isso com sucesso, de acordo com o que minha personalidade sempre foi. As coisas não se encaixavam. Aos 12 anos de idade, eu já havia me conformado com isso e já tinha decidido o caminho que eu iria trilhar: O caminho da solidão.

Eu sempre tive um coração mole, em muitos aspectos. Eu sempre me “apaixonei” com facilidade demais, embora posteriormente eu tenha descoberto que tudo não passava de desejo. Desejo de, talvez...Mudar o destino que eu mesmo havia escolhido para mim. Eu costumo dizer que sempre temos escolha, eu quis dar a escolha a mim mesmo. Nunca consegui, exatamente.

Um ano atrás, eu tinha descoberto algo que me deixava em muitos aspectos...Mais feliz. Eu descobri meus verdadeiros amigos. Pessoas que se importavam comigo de verdade, tirando os meus pais. Os primeiros amigos que eu considerei DE VERDADE desde o Yuri...Meu primeiro amigo, na 1ª série. Só Deus sabe o quanto eu sinto saudades dele.

Isso me distraiu da minha vida que era meio infeliz. Eu posso até estar reclamando de barriga cheia, porque nunca me faltou nada. Nada material, mas emocionalmente, eu sempre fui vazio. Eu era feliz com meus amigos, eu saía, me divertia...Mas ainda assim faltava algo. Não só eu, como o meu melhor amigo...Nos sentimos da mesma maneira durante muitos meses, eu...Por não ter o que amar e ele, por amar alguém que ele mesmo julgava que não merecia. Nunca soubemos o que fazer, sempre fomos fracos para tomar atitude e tentar mudar nossa vida miserável. Ao invés disso, fomos egoístas. Sempre pensamos somente em nós mesmos e ninguém mais sabe o quanto eu me arrependo da vida que levei no ano passado. Só depois de ver o que eu fiz, eu vejo o quanto de mal eu causei. Nós causamos. Depois que eu juntei o Spin e a Líh, a única ação que eu me orgulhava até então, eu passei a ser novamente o lobo solitário, mas dessa vez causando destruição. Nunca vou me esquecer do que eu já fiz, nunca vou conseguir compensar, mas não vou conseguir deixar de tentar.

Esse ano aconteceu a maior desgraça na minha vida. Eu passei 4 meses da minha vida sonhando com algo que não existia. Algo que não poderia existir justamente por eu estar sendo enganado. Eu sosseguei, eu me tornei uma pessoa melhor ou pelo menos tentei. Eu costumo chamar a pessoa que eu era nessa época de “aspirante à boa pessoa”.

Eu nunca me afoguei tanto em tristeza, em mágoa, em incapacidade e em tudo o que existe de ruim. Não lembro de uma fase mais difícil da minha vida. Mas ai veio a minha Bella e, como todos sabem (ou pelo menos os que me conhecem e que lêem o que eu escrevo), veio a nova luz da alvorada. Meu Sol, minha felicidade.

Eu tive motivo para sorrir pela primeira vez, pela primeira vez em 15 anos de vida eu amei. Eu vi o real significado de amar. Pela primeira vez, eu senti esperança. Eu vi que meu futuro poderia não ser exatamente o que eu tinha almejado a minha vida toda. De certa forma, esse era um futuro que eu não merecia. O futuro da vida de casado, uma família. Justamente por eu ter sido uma má pessoa durante parte da minha vida. Mas ainda assim, eu cometi o pecado da cobiça...Eu cobicei mais do que merecia. Muito mais. E ainda assim, eu fui presenteado com algo que jamais poderia imaginar: O amor correspondido, a felicidade.

Eu, como eu disse, nunca fui uma pessoa acima da média. E fui inferior a ela em muitas ocasiões. Mas quando eu encontrei a Bella, eu encontrei o meu lugar. A minha casa, nos braços dela. Onde nada mais importava, exceto ela e o seu bem-estar. Ela escolheu me amar e escolheu me dar a chance de fazê-la feliz. Isso é algo que eu tenho tentado com todas as células do meu ser, desde então. Eu ganhei esse presente.

Agora, quem acompanha a minha vida desde o começo do ano...Sabe que eu escrevi muitos textos, inclusive um que se chama “Sonhar”. Baseado em sonhos que eu tive. Eu sonhei por muito tempo com o que vi ali, sem saber que aquilo tudo foi uma ilusão. Ilusão de algo que nunca poderia acontecer, porque um dos personagens do sonho nunca poderia ser aquilo que era demonstrado. Mas ai, veio a Bella...E ela era exatamente a personagem que o sonho descrevia. E então, os sonhos começaram a ser freqüentes.

Muitos me cobram a escrita do Sonhar com a Bella, mas isso seria impossível para mim, visando o fato que eu sonho com ela todas as noites. Sonhos com nosso futuro, coisas que são possíveis. Coisas que já aconteceram, coisas que podem acontecer. Eu teria que atualizar o texto todo dia. Não que eu fosse me incomodar, mas se tornaria mais um diário de sonhos. Mesmo não transcrevendo para o computador ou para o papel, jamais vou esquecer de cada um desses sonhos, posso não lembrar de suas datas...Porque neles estão representados a VERDADEIRA vida perfeita, a minha vida perfeita. Dessa vez, sim. Dessa vez sendo possível, algo que vale a pena lutar.

Agora, pessoal, o real motivo desse texto: As minhas férias que se aproximam.

Eu e a Bells, como muitos sabem, passamos por uma séria complicação chamada: Família. A família dela é contra nosso namoro, mesmo sem saber da existência do mesmo, mesmo sem me conhecer...Partiram do pressuposto da idade ou do ciúme envolvido com ela [ta bom, não os culpo com relação ao ciúme]. Mas estabeleceram um preconceito que ela não poderia namorar de jeito algum. Nem comigo nem com ninguém, mas não pararam para ponderar o fato que nós nos amamos e fazemos bem um ao outro de muitas maneiras. Isso deveria ser o importante. Embora nossa sociedade seja um pouco mais moderna, eu concordo que 15 anos é uma idade um tanto quanto precoce para se falar em amar, porque muitos julgam nossa mente nessa idade como prematura demais. Não é de todo errado, mas generalizar...Sempre é errado. Sempre há exceções a regra. Nós dois demos sorte de encontrar pessoas que amamos e que nos amam, e que se importam. Muitas pessoas passam a vida inteira procurando e não acham. Nós achamos aos 15 anos, paciência.

Mas isso se torna uma séria complicação a partir do momento que isso nos impede de ter uma relação 100% normal, sem ter que esconder nada de ninguém. Isso também complica quando se torna um empecilho para nos vermos durante esse período de recesso.

Toda despedida eu sempre faço um pedido mental [esse é um segredo pessoal meu que estou contando] a Bella: Cuide do meu coração, ele vai estar para sempre com você. O fato é que por mais que ela cuide, por mais que tudo sempre esteja bem com nós dois...Isso não me impede de me sentir vazio, com saudade. Não me impede de fazer uma pequena visita aos meus anos vazios, novamente. Não me impede de retornar à época de abandono. A época em que eu sempre me senti sozinho, não abandonado...Um pouco até, de certa forma, mas não exatamente abandonado. “Bem vindo à terra vazia, onde você encontrará cinzas. Nada além de cinzas” – É a cinzas que eu sou resumido quando estou longe dela, é assim que eu me sinto...Eu murcho...

Minha vida parece uma troca de estações. Eu passei a minha vida inteira na estação da normalidade, da tristeza em muitas partes. Eu finalmente troquei a estação para a estação de felicidade, de bem-estar. De estar fazendo o certo, de amar, de redenção com o mundo por tudo o que eu fiz. Embora isso jamais vá ser considerado meu objetivo. É simplesmente mais um bônus. Agora, nas férias, eu volto para a estação dos anos vazios. Uma época que eu pensei que tinha sido abandonada. Uma estação que volta a me assombrar. O mais escuro dos invernos.

Eu queria ter como evitar isso. Eu enfrentaria o mundo inteiro para evitar, porque tudo o que eu recebo da Bella é algo que vale lutar contra isso e mais de uma vez, se necessário.

Eu recebo o amor, eu recebo a felicidade. Eu recebo o mais belo dos presentes da pessoa mais linda e especial que existe no mundo. E...Para quem viveu a vida inteira vazia... 15 anos vazios...Isso é algo que não existe palavras para descrever. E, mesmo se minha vida não tivesse sido o que foi, ainda assim valeria muito mais do que a pena. Nada compra o amor, você tem que lutar por ele...E, no meu caso, tudo o que eu experimento no meu dia-a-dia me faz pensar que essa luta é válida.

Eu vou enfrentar tudo, não hoje, mas eu vou enfrentar. Hoje eu enfrento o mais escuro dos invernos, hoje eu enfrento a tristeza de estar longe daquilo que eu amo mais do que tudo nessa terra.

Mas o verão será inevitável, e eu verei meu Sol de novo, minha vida e minha felicidade. E é isso que me faz enfrentar, é isso que me faz viver. Mesmo na hora mais escura, eu não sou mais vazio...Eu tenho esperança.



“A esperança é meu guia, é o que me faz viver cada dia e, principalmente, cada noite. A esperança de que quando você estiver longe dos meus olhos...Não será a última vez que olharei para você”.

Love is Forever - By Larissa

Eis um texto escrito pela Larissa sobre eu e a Bella.


Love is forever.

O vento frio entrava pela janela aberta, fazendo leves cócegas no rosto do rapaz. Seus olhos fixos na moldura, que segurava firme com as duas mãos. Na foto, duas pessoas, um garoto e uma garota, ao fundo uma área verde e alguns prédios azulados. Girou a foto, e leu a dedicatória:
Para os meus melhores amigos, uma lembrança dos bons tempos de escola. Não esqueçam de mim *-*
O rapaz sorriu, largou a foto onde a havia encontrado e caminhou até a janela. Um céu sem lua nem estrelas era tudo que conseguia enxergar aquela noite. O agrupamento de nuvens cinzentas indicava que uma tempestade estava a caminho, o vento estava realmente frio, fazendo-o optar por fechar a janela.


Ricardo caminhava decidido, cada passo seu era cheio de certeza e tensão, o que viria a seguir poderia ser um momento decisivo. Andou por mais alguns minutos, e enfim chegou ao local combinado.
Sentou em um banco de concreto. Pernas alinhadas e braços rijos, tensão em pessoa. Respirou fundo, e olhou para todos os lados, a procura de um rosto conhecido, não demorou a reconhecer a silhueta de uma garota se aproximando. Ela não sorria, mas também não demonstrava raiva. O que mais se adequava era nervosismo. O nervosismo para com uma decisão importantíssima. Ela tinha certeza do que queria, nunca esteve tão certa disso em toda a sua vida, mas aquela pontinha de indecisão não a deixava por nada. Era frustrante.
Enfim, ela sentou-se ao lado de Ricardo, que se pudesse estaria suando frio.

- Eu já tomei minha decisão. – a garota disse sem olhar para o garoto ao seu lado. – Eu sei que demorei, mas...
- Não! – ele disse convicto. – Você pediu seu tempo, e eu o dei, sinceramente, pensei que poderia ter levado muito mais tempo, mas fico feliz que estivesse enganado, não sei se suportaria essa tensão de não saber o que você pensa por muito mais tempo.
- Eu precisei desse tempo, pois queria te dizer com toda certeza o que eu queria para nós. – pausa. – Eu agora posso te dizer o que acho sem medo nenhum.

A garota levantou os olhos, um pouco vermelha, e encarou o rapaz ao seu lado. Ele levou sua mão até a dela, e a segurou forte, mostrando que qual fosse sua decisão, ele não se chatearia e procuraria entendê-la.

- Eu vou te amar para sempre, Bella, seja o que for que você decidir. Eu me apaixonei por você e sempre vou querer o seu melhor...
- Eu sei, Ricardo. Eu também vou te amar para sempre. E essa é a minha decisão. Eu decidi te amar, sem culpa, sem remorso. Se não der certo, vamos continuar amigos, como você mesmo diz, e ainda assim eu vou te amar. – ela terminou com um suspiro de alivio e um sorriso de satisfação.



Grossos pingos de chuva caiam na cidade lá fora, as luzes acesas dos prédios vizinhos e carros transportando água da pista para a calçada traziam uma certa esperança para o coração da expectadora. A garota loira olhava para tudo de uma janela que logo se tornaria embaçada. Escorregou um dedo pela superfície gelada, e virou-se bruscamente na direção oposta, caminhando a passos largos até a sala, onde se encontrava o telefone. Discou alguns números que sabia de cor, e esperou pacientemente a outra pessoa atender, o que não aconteceu.


Bella mantinha os braços apoiados no corrimão do navio, o corpo inclinado para frente, com o olhar perdido no horizonte. Admirava o mar e seu quebrar de ondas; os peixinhos pulando e brincando uns com os outros. Seus pensamentos perdiam-se entre essas maravilhas da natureza, corriam livres como o vento, sem direção especifica, só corriam. Sua distração era tamanha que nem ao menos notou um par de olhos analisando-a.
A brisa marítima batia em seu rosto, e fazia seus cabelos dourados voarem, bagunçando-os, mas pouco se importou. Sorriu de olhos fechados, apreciando aquele momento de paz, sossego e beleza. Reconheceu o toque de dois braços quentes rodeando seu corpo em torno da cintura. Ficou de costas para o corrimão, encontrando o rosto em que a pouco pensava. Ergueu uma das mãos e deslizou livremente pelo rosto do rapaz em sua frente, ambos com um doce sorriso nos lábios.
Bella virou novamente, encontrando o mar. Ricardo permaneceu ao seu lado, abraçado ao seu corpo, admirando juntos aquele belo por do sol.



A campainha tocou, roubando a atenção do rapaz, que estava sentado no sofá. Levantou, um tanto confuso, não esperava ninguém. Abriu a porta, surpreso com quem estava diante de seus olhos.

- Manu? O que aconteceu?
- Isso se chama chuva, e está acontecendo lá fora. – ela disse, abraçando o próprio corpo, as roupas encharcadas.

O rapaz recuperou-se da aparição repentina da irmã e levou-a para dentro, arrumando-lhe toalha e roupas secas.
Depois de se secar e colocar roupas quentes, Manuella voltou a sala, encontrando o irmão no sofá servindo duas xícaras com um liquido escuro. Aspirou o ar, e logo descobriu o que era.

- Chocolate quente. – disse distraidamente (rimei sem querer), atraindo a atenção do irmão para si, que sorriu e lhe estendeu uma xícara.
- Sim. – respondeu. Sentaram-se lado a lado.

Ficaram em silêncio por alguns minutos, até que Rafael resolveu quebrá-lo com uma pergunta.

- Vai me dizer o que aconteceu? – Rafael tomou um gole de seu chocolate, enquanto sustentava o olhar na irmã. Manuella por sua vez mantinha o olhar fixo no tapete fofo do chão.
- Sabe o que eu estava olhando? – Rafael voltou a falar, largou a xícara na mesa de centro, e pegou uma caixa de madeira ao seu lado.

Manuella ainda estava com um pouco de frio, por isso vacilou um pouco ao repetir o movimento do irmão, deixando a xícara, que segurava com as duas mãos, na mesinha de vidro.
Rafael segurou o sorriso, conhecia a irmã muito bem, sabia que ela mão resistiria a olhar velhas coisas dos pais.


Coloque Home – Daughtry p/ tocar.
Os primeiros acordes da música soaram alto e claro, olhei para a garota diante de mim, que sorriu vermelha, com certeza imaginando o que se passava por minha cabeça. Talvez estivesse certa... Ou não.
Estendi minha mão, Bella prendeu a respiração por um momento, talvez espantada com o que estávamos prestes a fazer. Olhou para minha mão, e depois para o meu rosto, eu sustentava um sorriso maroto. Por fim, ela levou sua mão até a minha, demos alguns passos e começamos a dançar.
Bella passou os braços por minhas costas, assim como eu havia feito com ela, e levou a cabeça lentamente ao meu ombro. Era como se estivéssemos abraçados, mas nos movendo de acordo com a música. Sua respiração batia de leve em meu pescoço, e imaginei que estivesse de olhos fechados, não sei por que, mas tive essa impressão.
Corri os olhos pelas outras pessoas, apesar da mais importante delas estar aqui comigo... Minha Bella. Inalei o aroma de seus cabelos, e ali depositei um beijo. Ao longe outra bela sorria para nós, por acaso quem havia nos convidado para a festa... Sua festa. Nossa amiga Bela. Lhe lancei um olhar significativo, será que ela... Não pode ser. Ela havia escolhido essa música especialmente para nós? No instante seguinte, Bela não estava mais lá, e a minha pergunta já nem era tão importante.

- Sabe o que eu tava pensado... – Bella começou, balançávamos de um lado para outro. – Essa música até que é legal. – isso arrancou de mim uma sonora gargalhada. Bella ergueu a cabeça, e ficou me encarando, isso me fez querer saber o que realmente se passava em sua cabeça, eu não estava com medo, só curioso, eu sempre gostaria de saber o que ela realmente pensava, isso tornaria as coisas tão mais fáceis...
- O que você está pensando? – confesso, essa pergunta me pegou de surpresa.
- Hey, sou eu quem sempre pergunta isso. – sorri.
- Vamos variar um pouco.
- Eu gostaria de saber o que você pensa... Todo o tempo.
- Você só se confundiria ainda mais, acredite. Você enlouqueceria tentando me entender.
- Nunca fui completamente são.
- Eu já desconfiava.

Continuamos nos movendo para lá e para cá. Sem vacilar nossos olhares um do outro.

- Sabia que eu te amo? – passei uma mecha de seu cabelo para trás da orelha.
- Eu amo mais.
- Não, eu que amo mais. Muito mais.
- Não mesmo. – disse desafiadora.
- Ok. Amamos igual. Que tal? – propus inteligentemente. (essas rimas saem tão espontâneas.) Bella balançou a cabeça concordando. Ficamos em silêncio por algum tempo.
- Já to com saudade. – eu odiava vê-la triste.
- Vão ser as duas semanas mais longas da minha vida.
- E as mais tediosas da minha.

Suspiramos simultaneamente. Bella se inclinou em minha direção e encostou nossos lábios, mas só isso. Abracei-a o mais forte que pude. Não queria perdê-la, e talvez... ela estivesse pensando o mesmo que eu.



- Sinto falta deles. - Manuella confessou. Largou uma foto, a mesma que o irmão olhou inicialmente, em cima da mesinha.
- Eu também. – Rafael concordou. – Pode não parecer, mas eles ainda estão com a gente. Todo o tempo.
- É. – Manu sorri. Deixa a cabeça cair levemente no ombro do irmão. Rafael passa o braço livre pelas costas da irmã, e os dois sorriem olhando para a pequena foto, onde os pais estão juntos em uma área verde com prédios azuis ao fundo.

Atrás de ambos, uma áurea brilha.
É, eles estavam ali, todo o tempo.

1+1=2

1 + 1 = 2

Como começar a contar uma história? Como descrever tamanha felicidade? Como representar em palavras o sentimento de estar completo e feliz? Impossível. Não este tipo de felicidade.


Há 5 meses atrás, eu jamais imaginei que isso poderia acontecer comigo. Até imaginei, mas de uma maneira bem diferente. Há 5 meses atrás, minha cabeça estava em uma realidade diferente, uma realidade triste. Uma realidade onde não existia final feliz.


Muitos sonhos, muitas promessas...Poucos resultados. Simplesmente por ter chegado tarde demais. Mas, como dizem...Há males que vem para o bem. E, neste caso, melhor do que bem. Nunca na minha vida sonhei que poderia estar tão feliz, tão ridiculamente feliz e, acima de tudo, completo.


Minha Bella. O que fazer com você, hein? Minha garotinha linda, meiga e fofa? Quem te conhece como eu pareço conhecer, não teria outra resposta a dar: Te amar. Não existe pessoa do mundo que não seria capaz de despertar um amor por você, qualquer que seja. Seja amor de amigo, seja amor de irmão, seja amor de pai...Ou o meu amor por você.


Nunca pensei que poderia sair daquele abismo de medo e tristeza para o céu de paz e felicidade, mas você me tirou de lá e me levou ao céu, me fazendo pensar que às vezes, nem o céu é o limite. Bom, para quem se ama igual nós dois, não é mesmo. Todas as estrelas brilham no céu para nós, o Sol nasce na manhã mais nublada...Simplesmente por estarmos juntos. Isso é algo que nenhuma pessoa pode explicar,..É o amor.


Nem tudo foram flores para nós, passamos por dificuldades juntos...Ameaças de morte =X, indecisões, inseguranças, dúvidas. Tanta coisa incerta, tanto medo de perder uma coisa que era importante para nós dois...O outro. Mas no final, como isso poderia nos manter separados? Como nosso amor poderia ficar no nosso coração sem poder escapar para o mundo, simplesmente por medo? Nosso caso é um caso típico onde a felicidade e o amor dominaram o medo. Não existe saída. =).


Não existe complicação quando se ama. Quando se ama, tudo é simples como 1+1 = 2. No nosso caso – Ricardo + Bella = Perfeição.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Adeus

O Adeus – Um Pedido Realizado

Engraçado como a vida é injusta, às vezes.

Todo dia várias pessoas morrem. Morrem de diversas maneiras: São mortas, doenças, ou simplesmente já viveram o bastante. Nós nunca imaginamos que isso vá acontecer conosco, embora sabemos que esse é o único mal irremediável da nossa vida: Morrer.

Mais ainda, nunca imaginamos que isso vá acontecer tão rapidamente, quando nem sequer vimos a luz do dia direito ou começamos a viver. Ou quando nossa vida está tão perfeita que imaginamos que nada vai abalar.

Mas abalou.

Hoje, meus caros, eu venho com a missão um tanto quanto espinhosa de escrever um texto de despedida. Um texto cujo teor eu jamais imaginei que precisasse usar, um texto que eu nunca quis escrever. Hoje, eu me despeço do Allison e da Lívia.

Como aceitar e se conformar em perder uma parte tão importante da sua vida? Principalmente, quando tudo se encaixa e fica perfeito. Quando nossa vida começa ir para frente e todos nós ficamos felizes? Impossível. Ainda mais, quando isso acontece por um motivo tão banal e insignificante. Mas significante o bastante para tirar a vida de duas pessoas maravilhosas, pessoas estas que meu coração vai se lembrar para sempre.

Não sei se é necessário dar uma descrição novamente de como a nossa amizade começou e se transformou na maior amizade que eu tive o prazer de participar. Sempre compartilhamos das mesmas paixões, as mesmas ambições e idéias. Sempre fomos idiotas, mas felizes do nosso jeito. Embora os perigos, as tristezas e as incertezas corressem perto de nós, um arco-íris preenchia o céu sempre que estávamos juntos, simplesmente porque nada nos afetava.

O que eu posso dizer? Dizer que farão muita falta e que todos sentiremos saudades é muito simples, se tratando deles. É inegável que não é só isso que sentiremos.

Como alguém consegue ser tão especial que até pessoas que nunca os viram de verdade choram, sentem e se desesperam torcendo para que seja mentira? É simplesmente pureza de coração e caráter que faz uma pessoa conseguir ser amada por todos, conseguir fazer alguma diferença na vida de alguém.

E eles fizeram na minha.

Fizeram na minha de diversas maneiras, como por exemplo, me ensinaram a amar o próximo. Ensinaram-me como amar uma pessoa, me ensinaram qual era o significado do mais bonitos dos sentimentos e, com isso, me tornaram uma pessoa melhor. Me mostraram a pessoa que eu nasci para ser: Uma pessoa decente.

Fizeram diferença, fazendo a minha felicidade nos momentos mais difíceis da minha vida. Me apoiando e me suportando, quando eu mais precisei. Nenhum dos dois se destacou pelo tanto que conquistaram na vida [e não foi pouco] e sim pelo tanto que davam aos outros. Distribuíam amor e carinho com generosidade e isso sempre fez diferença não só na minha, mas na vida de muita gente. Mas a contribuição mais importante, a maior diferença que eles fizeram para mim foi que eles me ajudaram a encontrar o meu amor, assim como eu os ajudei a encontrar o deles. Eu sempre fui uma pessoa privilegiada não só por participar do convívio e círculo interno de amizades deles, mas de conseguir fazer uma diferença, mesmo que pequena, na vida deles. Mais ainda, quando consegui fazer uma grande diferença, quando consegui juntar duas partes de um todo no ato que mais me orgulho. Quando passei a fazer parte da vida deles assim como eles faziam da minha.

Me ajudaram a encontrar meu amor, a pessoa que mais amo nessa vida, a única que consegue me fazer sorrir com coisas insignificantes como um olhar no nada ou uma reação inesperada. O amor nos une para sempre e o amor deles foi quem nos uniu, mesmo antes de termos consciência do quanto nos amávamos. O tempo se vai, mas algo sempre guardarei...O amor perfeito que um dia eles me mostraram, não só vindo da Bella, mas amor de irmão e amigo.

Uma coisa que eles jamais souberam é que eu sempre os vi como meus pais substitutos, quando eles estavam me agüentando. Quando me ajudavam em coisas que não podia compartilhar com meus pais biológicos, em coisas banais para eles, mas não para os dois.

Todos nós nos lembraremos de vocês, não porque e como vocês morreram, mas como vocês viveram. Como desde o começo, vocês distribuíram ajuda, amor e carinho com generosidade. Como até o fim, vocês encantaram com seu jeito bobo e especial de ser, uma combinação que nem todas pessoas conseguem alcançar sucesso, mas ainda assim vocês conseguiram. Encantaram mais ainda com o amor maravilhoso que vocês demonstravam um pelo outro e ensinaram o próximo a amar do mesmo jeito. Me ensinaram a ser quem eu sou e, mais importante, deram para mim coisas que vou levar para sempre: Nossas memórias, nosso amor juntos, e o meu amor.

Nenhuma pessoa que os conheceu como eu conheci vai se esquecer da influência que vocês tiveram. Não sou só eu quem perco dois grandes amigos e irmãos, mas a sociedade também perde duas pessoas excepcionais.

Eu amo vocês, para sempre. E isso não é algo que a morte ou o tempo vá apagar. Eu vou cumprir o que vocês me pediram. Eu vou cuidar do meu bem mais precioso, assim como vocês cuidaram de mim.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Um Novo Começo

Um Novo Começo


Como terminar uma história? Agora eu me vejo como um autor sem criatividade para terminar a história de uma parte de sua vida. A parte mais importante dela, até então.


Mas e se eu não precisasse terminá-la? E se ela fosse simplesmente um gancho para uma nova história vivida, para uma nova experiência, para um novo saber...Sinceramente isso seria mais fácil para mim. Tantas coisas acontecem ao mesmo tempo, tantas mudanças, tantos pensamentos e sentimentos... Minha vida soa como um turbilhão. Eu gosto de imaginá-la como um livro e costumo dizer que ainda restam incontáveis capítulos fechados nessa minha vidinha...Alguns com tragédias e outros com alegrias. Eu acabei de começar a “ler” um novo capítulo. Um novo começo. Uma nova alegria.


Devo dizer que o último capítulo começou de forma esquisita e estranha para mim até então e terminou de forma mais estranha ainda. Mas ainda assim engraçada. O capítulo do “Primeiro amor”. O capítulo que ao mesmo tempo me rendeu tantas coisas boas e algumas bem ruins. O que me restou de ruim: Talvez decepção, não sei. Não sei se poderia encaixar dessa maneira porque não é isso que eu estou sentindo agora, porque na verdade nunca esperei nada. Como era algo totalmente novo, não sabia o que esperar. Não vou dizer tristeza também, porque esse capítulo só terminou porque o outro começou me trazendo uma felicidade absurda. Mas algumas muitas noites de sonho perdido e preocupações desnecessárias nunca são boa coisa. Mas o que me rendeu de bom? O conhecimento. Eu vivi uma experiência diferente, aprendi com ela e isso fez toda a diferença, no final.


O final do “capítulo”, como eu já disse, terminou de forma estranha porque já não estava acontecendo muita coisa relacionada a ele. Eu simplesmente estava focado na minha história lateral. Minha vida a parte disso. Isso me custou algumas coisas também, porque começaram a falar coisas...Coisas que não eram bem verdade. Isso causou irritação...


Sinceramente, eu não esperava que isso fosse acontecer, mas aconteceu. Eu me apaixonei de novo. Ou pelo menos descobri um amor escondido dentro de mim. Algo que eu simplesmente não achava ser capaz de sentir, não desse jeito. Eu me apaixonei por um motivo diferente do primeiro. Um motivo mais sensato, mais correto. No final, me sinto até mal por isso. Mas uma coisa eu não farei: Quebrar a minha promessa. Eu prometi que meu primeiro amor seria para sempre, e será. Mas ele se adaptou ao formato de lembrança no meu coração, uma coisa que me serviu de lição e que me levou à felicidade. O mais curioso foi que meu amigo Sr. “Devagar Quase Parando” veio me encher o saco aos 50 minutos do segundo tempo. Quando ninguém estava mais correndo atrás da bola, ele começou a correr. Talvez na próxima partida (Se houver próxima), você corra mais cedo. Espero sinceramente que não haja próxima. [/coolface]. E me perdoem a analogia com futebol.


Mas o que realmente interessa nesse texto foi que esse novo amor me fez começar de novo. Fez eu rever alguns conceitos, fez eu renascer. Ele veio de um lugar que eu jamais pensei sairia: De uma amiga.


Isso pode sim vir a ser um empecilho, porque não sei quais seriam as conseqüências caso desse errado um eventual namoro. E NENHUM de nós dois quer perder algo que nos faz tão bem: Nossa amizade. E são tantas outras coisas que impedem e, ao mesmo tempo que são sérias, acabam se tornando banais se comparado a tudo o que poderia ser.


Eu citei o “motivo certo”. Não foi simplesmente um sorriso que me encantou, foi uma pessoa completa. Uma pessoa que é linda, simpática, feliz, inteligente. E até o seu sorriso é lindo. Eu me surpreendi o quanto aquilo era importante para mim, o quanto eu me importava com aquilo. O quanto eu amava.


E mesmo assim, cá estou eu, sem saber como isso vai se desenrolar. O que eu devo fazer, como eu devo agir. E devo admitir que parece que estou encarnando Crepúsculo de vez, por querer saber o que a minha menina sente, pensa. Seus medos, seus desejos, suas angústias, suas felicidades.


Agora eu vejo a mudança mais profunda em mim. A atitude, a vontade de querer crescer, aprender, evoluir. Ser de fato alguém melhor, não simplesmente se sentir isso. Deixar de ser preguiçoso, se esforçar simplesmente para um futuro melhor. Caso exista futuro, claro. Poder construir, mais do que nunca, uma família feliz, unida e com uma vida boa. Isso passou a ser o meu desejo hoje. Esse passou a ser o caminho que eu escolhi trilhar, não mais uma vida sozinha. Porque agora eu descobri a importância. O quão incompleto é cada momento sem quem você ama, sem ela. Sem aquela que faz você feliz. Sem aquela que te anima a levantar da cama todos os dias e, ao mesmo tempo, voltar a dormir para poder sonhar com ela.

Hoje, eu tenho orgulho e convicção em falar:

Izabella Carozzo – Eu amo você.